Conceitos básicos

  • Planta
    • Grupo de itens de uma máquina que funciona conjuntamente, cuja finalidade é desenvolver uma dada operação
  • Processo
    • Operação ou sequência de operações que implicam em mudança de estado, de composição, de dimensão ou outras propriedades que possam ser definidas relativamente a um padrão
    • Pode ser contínuo ou em batelada
  • Sistema
    • Combinação de componentes (hardware, software ou humanos) que atuam conjuntamente e realizam um certo objetivo
  • Variável do Processo (PV) ou Variável Controlada
    • Qualquer quantidade, propriedade ou condição física medida a fim de que se possa efetuar a indicação e/ou controle do processo
  • Variável Manipulada (MV)
    • Grandeza operada com a finalidade de se manter a variável controlada no valor desejado
  • Set Point (SP) ou Set Valor (SV)
    • Valor desejado, estabelecido previamente como referência de ponto de controle no qual o valor controlado deve permanecer
  • Distúrbio (Ruído) ou Perturbação
    • Sinal que pode afetar adversamente o valor da variável controlada
  • Desvio
    • Valor resultante da diferença entre o valor desejado e o valor da variável controlada
  • Ganho
    • Valor resultante do quociente entre a taxa de mudança na saída e a taxa de mudança na entrada que a causou
    • A entrada e a saída devem ser expressas na mesma unidade

Controle

  • Controle automático
    • Envolve a manutenção de uma certa variável ou condição em um certo valor (fixo ou variante), o valor desejado (set point)
    • Forma geral de operação
      • Medida (por sensores) do valor atual da variável que se quer regular
      • Comparação dos valores atual e desejado para determinação do desvio
      • Utilização do desvio (ou erro) para gerar um sinal de correção
      • Aplicação do sinal de correção ao sistema a controlar para eliminar o desvio, ou seja, reconduzir a variável ao valor desejado
      • O sinal de correção introduz variações de sentido contrário ao erro
    • Tipos de sistemas de controle
      • Malha aberta
      • Malha fechada

Malha aberta

  • Só o comando define o comportamento do controlador
    • Responde com atuação no ambiente
    • Não verifica se o níveo da grandeza física corresponde a entrada
    • Não há sensor para observar desvios, nem realimentação para corrigi-los
  • Aplicações
    • Lugares onde a frequência/consequência dos desvios não justificam a maior complexidade e custo

Diagrama:

  • A entrada (comando) é o nível desejado da grandeza contorlado
  • O controlador avalia este sinal e envia um sinal ao atuador

Malha fechada

  • Controlador considera a entrada e desvios
    • Sensor monitora a saída, fornecendo um sinal que retorna a entrada (realimentação)
    • A entrada e a realimentação são comparadas e obtém-se o erro, que será compensado pelo controlador

Diagrama:

  • Diferenças com de malha aberta: presença de sensor e comparador
  • O sensor emite um sinal que corresponde à medida do realizado pelo atuador (saída)
  • O sinal de saída é comparado ao sinal de entrada e um erro é apresentado
  • O sinal combinado (entrada e erro) é apresentado ao controlador, que o avalia e tenta corrigir o desvio captado pelo sensor, através de um novo comando ao atuador

Ações de controle

  • São usadas para modificar (ou não) a posição do elemento final de controle
  • Modos de acionamento
    • Ação direta (normal)
    • Ação inversa (reversa)
  • Tipos de ações
    • Liga-desliga, Proporcional, Integral, Derivativo, Proporcional + Integral + Derivativo (PID) e outras combinações (PD, PI, …)

Controle Liga-desliga

  • Só existem dois estados (aberto/fechado)
  • Vantagens
    • Simples
    • Baixo custo
  • Desvantagens
    • Contínua oscilação de saída, histerese, não garante precisão e pode desgastar controlador e atuador
    • O valor médio da grandeza sob controle será sempre diferente do desejado, provocando o aparecimento de um desvio residual denominado erro de offset

Proporcional

  • Ganho (ação corretiva) proporcional ao erro medido
  • Reação baseada no erro atual
  • Problema com ganhos altos
    • Overshoot, oscilações
    • Pode implicar potência alta mesmo próximo do valor desejado

Integral

  • Atua enquanto existir diferença entre valor desejado e valor medido
  • Sinal de correção integrado no tempo
  • Reação baseada na acumulação dos erros recentes
  • Soma produtos dos valores instantâneos de entrada por intervalos de tempo
  • Desvantagens
    • Integrador torna o sistema lento, o que atrasa o acionamento do atuuador
    • Resposta depende da acumulação de erro na entrada, podendo levar a erro de regime nulo (saída sem sinal de entrada)

Derivativo

  • Reage em função da velocidade do desvio
    • Fornece uma correção antecipada do desvio
    • Previne o sistema quanto ao aumento do desvio e diminui o tempo de resposta
    • Não atua caso o desvio seja constante
    • É usado para minimizar overshoot e oscilações
    • Não pode ser utilizado sozinho em uma malha de controle

Controlador PID

  • Mais adequado para as malhas fechadas
    • Proporcional elimina as oscilações
    • Integral elimina o desvio de offset
    • Derivativa fornece ação preventiva à variação do desvio
  • Combinação dos termos
  • ganho proporcional
  • ganho integral
  • ganho derivativo
  • erro ()
  • instante no tempo
  • variável tempo na integração (de 0 a t)

Classificação dos Sensores

Quanto ao tipo de medida:

Proprioceptivos (Proprioceptive)

  • Medem valores internos ao robô
    • Velocidade do motor;
    • Carga nas rodas;
    • Ângulos de partes móveis;
    • Tensão na bateria, etc.

Exteroceptivos (Exteroceptive)

  • Medem valores externos (estímulos externos)
    • Medidas de distância a objetos;
    • Luminosidade;
    • Amplitude de som, etc.

Quanto à emissão de Energia:

Passivos

  • A energia vem do próprio ambiente
    • Sensor de Temperatura;
    • Microfones;
    • Câmeras CCD ou CMOS, etc.

Ativos

  • Emitem energia para o ambiente e depois medem sua reação. Apresentam uma performance melhor, mas são influenciados pelo ambiente.
    • Sensor Ultra-som, Sensor Laser, etc.

Principais tipos de sensores industriais

  • Proximidade
    • Mecânicos, ópticos, indutivos e capacitivos
  • Posição e velocidade
    • Potenciômetros, LVDT, encoders absolutos e relativos e tacogeradores
  • Força e pressão
    • Células extensométricas (strain gauge)
  • Temperatura
    • Analógicos (termopares)
  • Vibração e aceleração
    • Acelerômetros

Estrutura de controle de robô industrial

Malha de controle de um robô